sábado, 13 de novembro de 2010

Resolvi reler os bilhetes amarelados, colados nas páginas de um caderno, que de tão velho, ja perdera as pautas.
Resolvi reler as cartas que, além de amarelas, estão perdendo a tinta da caneta, mas que ainda guardam a força das emoçoes com que foram escritas.
Resolvi escutar todas aquelas musicas lentas que por diversas vezes ouvimos juntos, e dançamos juntos.
Resolvi folherar os albuns de fotografias que guardam os brilhos dos nossos olhos. E olhar todas aquelas fotos.
Resolvi abrir a mala que guardo no fundo do baú, comas roupas que ainda têm seu cheiro, mas não me servem mais a anos.
Resolvi pegar a caixa que guardava todas as suas lembranças e as coisas que você deixou antes de partir.
Resolvi juntar todas as coisas em um só lugar e esperei.
Quando ela atravessou a porta de casa, com o ar juvenil que muito me lembra o seu. E todo aquele vigor (que nós um dia tivemos)

- Oi mãe.

Ela se aproximou, com os seus passos, seu jeito de falar, seus olhos e suas manias que me irritaram tanto quando você se foi.

- O que é tudo isso?

Primeiro foram as roupas, depois os bilhetes, as cartas, e o albun de fotos. Ela sabia que não era orfã, mas nunca soube o quanto era parecida com você. Ao lado de todas aquelas coisas existia um envelope.
Dentro dele havia dinehiro e um papel com um nome e um endereço.

- Pra que é tudo isso? Quem é esse rapaz? Meu pai?

Mas logo ela entendeu. Depois de 15 anos, ela tinha a decisão mais dificil a tomar. Sentou e pensou.

- Mãe, você vai comigo?

Mas ela ja sabia a resposta. Foi pro seu quarto, arrumou sua mala, chamou um taxi, me deu um beijo de despedida e se foi.
Eu juntei tudo aquilo, cavei um buraco no quintal e enterrei tudo.
No quarto dela um bilhete escrito com batom no espelho:

"Eu sei que ele gostaria do seu perdão. Espero que um dia você possa vir morar conosco. Te amamos!"

Sentei na poltrona e adormeci.

sábado, 13 de novembro de 2010

Resolvi reler os bilhetes amarelados, colados nas páginas de um caderno, que de tão velho, ja perdera as pautas.
Resolvi reler as cartas que, além de amarelas, estão perdendo a tinta da caneta, mas que ainda guardam a força das emoçoes com que foram escritas.
Resolvi escutar todas aquelas musicas lentas que por diversas vezes ouvimos juntos, e dançamos juntos.
Resolvi folherar os albuns de fotografias que guardam os brilhos dos nossos olhos. E olhar todas aquelas fotos.
Resolvi abrir a mala que guardo no fundo do baú, comas roupas que ainda têm seu cheiro, mas não me servem mais a anos.
Resolvi pegar a caixa que guardava todas as suas lembranças e as coisas que você deixou antes de partir.
Resolvi juntar todas as coisas em um só lugar e esperei.
Quando ela atravessou a porta de casa, com o ar juvenil que muito me lembra o seu. E todo aquele vigor (que nós um dia tivemos)

- Oi mãe.

Ela se aproximou, com os seus passos, seu jeito de falar, seus olhos e suas manias que me irritaram tanto quando você se foi.

- O que é tudo isso?

Primeiro foram as roupas, depois os bilhetes, as cartas, e o albun de fotos. Ela sabia que não era orfã, mas nunca soube o quanto era parecida com você. Ao lado de todas aquelas coisas existia um envelope.
Dentro dele havia dinehiro e um papel com um nome e um endereço.

- Pra que é tudo isso? Quem é esse rapaz? Meu pai?

Mas logo ela entendeu. Depois de 15 anos, ela tinha a decisão mais dificil a tomar. Sentou e pensou.

- Mãe, você vai comigo?

Mas ela ja sabia a resposta. Foi pro seu quarto, arrumou sua mala, chamou um taxi, me deu um beijo de despedida e se foi.
Eu juntei tudo aquilo, cavei um buraco no quintal e enterrei tudo.
No quarto dela um bilhete escrito com batom no espelho:

"Eu sei que ele gostaria do seu perdão. Espero que um dia você possa vir morar conosco. Te amamos!"

Sentei na poltrona e adormeci.